segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ministro Temporão lança pedra fundamental da Fiocruz em Campo Grande - MS

Sandra Luz e Paulo Fernandes
Minamar Junior
Ministro destaca a importância do ensino com a vinda da Fiocruz para MS

O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, recebeu nesta segunda-feira a escritura do terreno, doado pela prefeitura, onde será edificado o prédio da Fiocruz em Campo Grande. Somente o prédio terá investimento de R$ 20 milhões.

Para o ministro, a entidade é de importância fundamental para o ensino, pela oferta de programas de mestrado e doutorado e pela pesquisa. Temporão, que está no corpo de pesquisas da Fiocruz, destaca a necessidade da pesquisa.

Em Campo Grande, na manhã de hoje, o ministro Temporão também recebeu o título de “Benfeitor da Cidade de Campo Grande”, também entregue a 231 pessoas e entidades que prestaram relevantes serviços a esta Capital no combate à Dengue em 2007.

O presidente da Fiocruz, Paulo Buss, também veio a Mato Grosso do Sul para solenidade na manhã de hoje, de entrega oficial da área. Ele explicou que o prazo para a construção é de 30 meses, após a aprovação do pré-projeto, que será apresentado no segundo semestre.

Buss destacou a importância estratégia de Mato Grosso do Sul, cujo posicionamento geográfico contribuiu para a decisão em instalar o prédio da Fiocruz. O objetivo é descentralizar as pesquisas na área de saúde, hoje concentradas no eixo Rio-São Paulo.

Em Campo Grande, a Fiocruz vai atuar em cinco linhas: saúde de população indígena no Centro-Oeste; saúde ambiental e agronegócios; saúde de população fronteiriça; formação do cerrado e pantanal; e agravos transmissíveis e não-transmissíveis.

A área para a construção fica no bairro Universitário, mas antes mesmo da conclusão da obra, os trabalhos ocorrerão em um escritório provisório na Escola de Saúde Pública, que fica na Avenida Senador Filinto Müller.



A Fundação já anunciou que pretende estudar em Mato Grosso do Sul o potencial da flora, espécies vegetais que podem servir a produção de medicamentos.

“A flora do pantanal, a biodiversidade que nós temos aqui, são muito profícuas para que ocorram descobertas”, explicou o presidente da Fiocruz.



A Fiocruz já possui 61 laboratórios e departamentos considerados centros de referência nacional ou internacional por instituições brasileiras e estrangeiras.

Por ano, produz cerca de dois bilhões de medicamentos para o Sistema Único de Saúde, que os fornece às camadas mais carentes da população. A instituição fabrica, por exemplo, oito dos 16 remédios do coquetel contra a aids, que é distribuído pela rede pública de saúde brasileira e utilizado por mais de 100 mil pacientes.

Além disso, oferece, anualmente, mais de 16 mil vagas, do nível médio à pós-graduação, para alunos de todo Brasil. Com a abertura de mais uma unidade em Mato Grosso do Sul, esse núemro será ampliado.