Brasil desenvolverá vacina contra febre amarela a partir de planta
O acordo, que tem parceria com o Centro Fraunhofer para a Biotecnologia Molecular e a empresa americana iBio Inc, terá investimentos de US$ 6 milhões de Bio-Manguinhos e prevê a primeira fase de provas clínicas no Brasil e nos EUA num período de três anos.
"É algo inédito no mundo", explica Marcos Freire, vice-diretor de Desenvolvimento Tecnológico de Bio-Manguinhos, ao referir-se a uma tecnologia que pode reduzir o custo e aumentar a produção das vacinas contra a febre amarela, além de diminuir os efeitos colaterais do imunizante convencional.
Segundo o cientista, os pesquisadores pretendem isolar o gene que codifica a principal proteína do vírus que transmite a doença e que igualmente é capaz de gerar a resposta imunológica do organismo à ameaça (antígeno).
O gene será introduzido nas células das folhas da "Nicotiana benthamiana", uma espécie de tabaco, que serão cultivadas e reproduzidas em laboratório.
"Cada folha da planta funciona como uma fábrica do antígeno que será usado na vacina", assegura Ricardo Galler, pesquisador de Bio-Manguinos e que coordenará o projeto.
Este método de produção biológica de remédios já é usado na produção de algumas substâncias, como insulina, mas pela primeira vez será usado na fabricação de uma vacina.
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