quinta-feira, 19 de maio de 2011

Bill Gates pretende financiar produção de vacinas no Brasil

Foto: Divulgação O milionário está negociando com a Fiocruz e o Instituto Butantã para fabricar vacinas de baixo custo

por Jackie Salomao
 
O fundador da Microsoft, Bill Gates, é também um grande filantropo. Ele está negociando uma doação à Fiocruz e ao Instituto Butantã para aumentar a produção de vacinas no Brasil, que se tornaria um País exportador dos medicamentos.

Segundo o jornal 'O Estado de S. Paulo', o milionário já enviou técnicos ao Brasil para debater as possibilidades e vai aguardar a definição de quais vacinas o País vai considerar prioritárias.
O Ministério da Saúde confirmou que o primeiro contato entre Gates e o governo brasileiro ocorreu em setembro de 2010, numa reunião com o então chanceler Celso Amorim, em Nova York. Após a reunião, Gates enviou uma missão aos institutos para avaliar o que já vem sendo feito "Meu pessoal ficou muito impressionado com a qualidade do trabalho", afirmou Gates.

Alexandre Padilha, ministro da Saúde, irá se reunir com a Fundação Bill e Melinda Gates para definir detalhes da parceria. O ministro adiantou que um dos interesses de Gates seria o apoio ao desenvolvimento de vacinas de baixo custo.

Até mesmo na filantropia, Gates aplica sua visão empresarial. O objetivo dele é financiar a produção de vacinas no Brasil para que entrem com o menor preço no mercado mundial, para que ele mesmo depois pudesse comprar as vacinas e distribuir aos mais necessitados. Isso irá afetar o mercado, que vai ser obrigado a reduzir os custos de suas vacinas para competir com o nosso produto.


Recado

Na última terça (17), o milionário participou da Assembléia Mundial da Saúde e pediu aos países doadores que aumentem seus programas de imunização. O recado também vale para empresas farmacêuticas, para que garantam vacinas aos países com menos recursos. Caso isso aconteça, Gates afirma que 4 milhões de pessoas podem ser salvas até 2015 e 10 milhões até 2020.

A Fundação Bill e Melinda Gates, criada em 2000, é a maior instituição de caridade do mundo. Com financiamento do próprio bolso de Bill Gates e de outras doações privadas, a fundação tem como objetivo melhorar as condições de vida, especialmente na área da saúde, nos países mais pobres. Um dos principais projetos patrocinados por Bill Gates é a pesquisa de uma vacina que consiga prevenir e curar a malária.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Fiocruz e Butantã na mira de Bill Gates

18/5/2011 13:55,  Por José Dirceu
 
Excelentes as articulações desenvolvidas pelas autoridades de Saúde do Brasil – à frente o ministro Alexandre Padilha – que resultaram no agendamento do encontro no dia 20 de julho, nos Estados Unidos, entre o megaempresário Bill Gates e o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha.

Os dois vão discutir investimentos da Fundação Bill e Melina Gates – maior financiadora particular de iniciativas de saúde no mundo – no desenvolvimento de vacinas e principalmente em sua produção pelos dois laboratórios brasileiros de forma a baixar o custo destes medicamentos em todo o mundo.

Fundador da Microsoft e 1º colocado na maioria das listas de milionários do mundo (fortuna de US$ 57 bi) Bill Gates é um dos maiores filantropos da atualidade. Ele programa fazer doações aos dois laboratórios brasileiros para que produzam imunizantes para exportação – principalmente vacinas contra febre amarela.
Iniciativa visa baixar preço de vacinas em todo o mundo

Seu principal objetivo é fazer com que estas vacinas entrem no mercado com o menor preço do planeta e assim, forcem os demais laboratórios a também derrubar os preços de seus imunizantes. O mercado de vacinas movimenta hoje no mundo a mais de US$ 24 bi por ano.

Bill Gates, através de sua Fundação é hoje o segundo maior doador da Organização Mundial de Saúde (OMS) das Nações Unidas, superado apenas pelo governo dos Estados Unidos.Os entendimentos com as autoridades e os dois laboratórios brasileiros começaram em meados do ano passado, quando o filantropo norte-americano mandou seus técnicos ao Brasil para estudarem a possibilidade de transformar a Fiocruz e o Butantã nas duas maiores bases mundiais de exportação de vacinas.

“Meu pessoal ficou muito impressionado com a qualidade do trabalho” contou o megaempresário em entrevista publicada no Estadão de hoje, na qual adianta que só espera, agora, a definição do Brasil sobre quais vacinas ganharão prioridade no processo.


“Década da vacinação”

Bill Gates deu a entrevista na sede da OMS em Genebra, quando convocou os ministros da Saúde de todo o mundo a lançar a “década da vacinação” e imunizar 10 milhões de crianças até 2010.

Leiam mais sobre esta movimentação de Bill gates em relação aos dois laboratórios brasileiros nas matérias que ocupam uma página no Estadão, hoje, com os títulos Bill gates sonda laboratórios do País para financiar procdução de vacinas; OMS reém de doares preocupa países; Butantã confirma participação em concorrência; e Transferência de tecnologia alavanca Bio-Manquinhos.

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domingo, 8 de maio de 2011

Novo teste de HIV lançado pela Fiocruz dará resultado em 20 minutos

 
Cerca de 40% das pessoas que fazem teste de HIV não voltam para buscar o resultado final do exame. Para driblar o problema, o Ministério da Saúde quer que todos os pacientes que façam o teste saiam dos centros de saúde sabendo se são soropositivos ou não. Essa meta fica mais próxima de ser alcançada com o lançamento do novo teste rápido confirmatório, o Imunoblot, produzido pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (Bio-Manguinhos/Fiocruz).
Atualmente, a pessoa faz o teste de HIV pelo método Elisa. Se der positivo, ela volta ao serviço de saúde, recebe orientação e faz o exame confirmatório, pelo método western blot (o mais usado) ou imunofluorescência. O resultado final leva dias ou semanas para sair.
Um acordo entre Biomanguinhos e o laboratório americano Chembio permitiu o desenvolvimento conjunto, no Brasil, de dois kits de testes rápidos – o de triagem, lançado em fevereiro pelo ministro Alexandre Padilha, e o confirmatório, chamado de Imunoblot e que foi divulgado nesta quarta-feira, 4, durante o 2.º Simpósio Internacional de Imunobiológicos, organizado por Bio-Manguinhos.
Para fazer o teste, o paciente recebe uma picada no dedo. O resultado sai em 20 minutos. “O kit é sensível e eficaz já a partir do 25.º dia de infecção”, afirma o gerente do programa de Desenvolvimento de Reativos, Antonio Ferreira.
Inicialmente, os kits rápidos serão usados em grupos vulneráveis – como moradores de rua, prostitutas, garotos de programa -; populações indígenas e ribeirinhas; grávidas que não completaram o pré-natal; e campanhas específicas do ministério, como as que ocorrem em grandes eventos como carnaval e Festa do Peão Boiadeiro.
Ainda será avaliada a capacidade de produção dos testes e os custos, mas a estimativa é de que em dois anos tenha sido completada a substituição dos métodos Elisa/western blot pelos kits rápidos.
“O teste rápido tem um papel estratégico. O Brasil ainda tem mortalidade elevada por aids e isso não é compatível com um País que oferece gratuitamente todos os antirretrovirais do mercado. Essa alta mortalidade só é explicada porque as pessoas chegam tardiamente ao diagnóstico. É preciso romper essa barreira social, cultural, que leva a pessoa a não fazer o exame para não passar por semanas de angústia até o resultado”, afirmou Jarbas Barbosa, secretário de Vigilância em Saúde.
De acordo com Barbosa, o custo estimado do Imunoblot é cinco vezes mais baixo do que o do western blot, o que permitirá ao ministério financiar mais kits para os Estados. No ano passado, o governo federal repassou R$ 4,23 milhões, para que ressarcir as secretarias de saúde pela compra 49.784 testes. A capacidade inicial de Biomanguinhos é de produzir 200 mil kits por ano.